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Documentário aborda ponto de vista da agricultura familiar em relação ao avanço da soja e dos agrotóxicos

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Uma das muitas escolas que estão cercadas por lavouras de soja e que são afetadas pelas pulverizações de venenos como Glifosato


Os olhares dos agricultores e agricultoras familiares da região situada entre os municípios paraenses de Mojuí dos Campos, Belterra e Santarém, sobre o avanço da monocultura concentradora de renda e também dependente dos agrotóxicos, é apresentado no vídeo “Soja, da promessa à destruição”, de doze minutos, produzido pelo Programa FASE Amazônia e que teve direção, edição e câmera do jornalista Bob Barbosa.

Nas entrevistas há também a participação do pesquisador e médico Marcos Mota, do Instituto Evandro Chagas, que é um órgão vinculado ao Ministério da Saúde e que atua nas áreas de pesquisas biomédicas. Marcos Mota avalia os impactos que os agrotóxicos, principalmente o Glifosato, tem causado na saúde das pessoas que vivem no entorno das lavouras de soja da região.

Entre as pessoas que mais são afetadas pelos agrotóxicos estão as crianças que estudam nas escolas municipais ilhadas pelo mar de soja. Conforme é relatado e mostrado através do vídeo, a aplicação dos agrotóxicos - seja por pulverização aérea, seja por máquinas motorizadas no solo - causa mal-estar nas crianças durante as aulas, que ficam prejudicadas e até inviabilizadas, dependendo do horário e da proximidade com que as máquinas de veneno operam nessas lavouras.

O êxodo rural dos trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar, em direção às periferias urbanas, provocado pela chegada e posterior ampliação do modelo exportador de soja, a partir dos anos 2000, no oeste do Pará, é também analisado pelos entrevistados e entrevistadas. Elas e eles contam diversas situações nas quais a pressão para que abandonassem suas terras e seus trabalhos ocorreram e como vem lutando para que a produção familiar e diversificada de alimentos, sem o uso de venenos, se fortaleça como alternativa econômica viável, afinal, como afirmam no vídeo, “é a agricultura familiar quem bota comida na mesa dos brasileiros”.

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