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Mostrando postagens de junho, 2019

Mesa de diálogo aborda a defesa dos rios da Amazônia

“A programação deu continuidade ao Encontro das Águas realizado no período de 14 a 16 de junho em Santarém”.  Por Daniela Pantoja Foto: Daniela Pantoja Movimentos populares e sociais, entidades, estudantes, organizações sociais, pesquisadores entre outros, se reuniram na manhã da segunda-feira (17) no auditório do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) em Santarém, para dialogar e ouvir sobre os testemunhos de resistência frentes aos saques dos bens naturais da Amazônia. A programação organizada pelos Movimentos em defesa dos rios Tapajós, Juruena e Teles Pires destacou as experiências de resistência dos Movimentos Xingu e Madeira em relação às hidrelétricas, e os impactos socioambientais da mineração no município de Barcarena e na região Amazônica. A primeira mesa de diálogos destacou as lições aprendidas e contou com a participação de Danylo Silva do Comitê da Rede Eclesial Pan Amazônica (Repam) Xingu; Iremar Ferreira do Instituto Madeira Vivo; Antônia M

Em Itaituba, justiça determina que Semas suspenda audiência pública sobre projeto de Estação de Transbordo de Cargas

Por: Weldon Luciano A 1ª Vara Cível e Empresarial de Itaituba determinou que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) suspenda a realização de audiência pública sobre o projeto de Estação de Transbordo de Cargas no Distrito de Miritituba, que estava marcada para o dia o dia 2 de julho. A medida atende a uma Ação Civil Pública do Ministério Público do Pará (MPPA), assim como a recomendação do Ministério Público Federal (MPF). Segundo a Ação Civil Pública, há uma violação de preceitos cogentes da Política Estadual do Meio Ambiente. Afirma que consta da página inicial da Secretaria do Estado Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS/PA) edital de convocação de audiência pública sobre o projeto de Estação de Transbordo de Cargas- ETC de responsabilidade da empresa Rio Tapajós. Porém, o Ministério Público em Itaituba não foi notificado pela SEMAS da audiência pública com a antecedência mínima de 45 dias exigida pela Lei Estadual 5.887/1995. Sobre este proce

9º Semana dos Povos Indígenas

44 ANOS DE COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (CPT)

  A Comissão Pastoral da Terra (CPT) nasceu em junho de 1975, durante o Encontro de Bispos e Prelados da Amazônia, convocado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado em Goiânia (GO). Foi fundada em plena ditadura militar, como resposta à grave situação vivida pelos trabalhadores rurais, posseiros e peões, sobretudo na Amazônia, explorados em seu trabalho, submetidos a condições análogas ao trabalho escravo e expulsos das terras que ocupavam. A CPT foi criada para ser um serviço à causa dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e de ser um suporte para a sua organização. O homem e a mulher do campo são os que definem os rumos a seguir, seus objetivos e metas. Eles e elas são os protagonistas de sua própria história. A CPT os acompanha, não cegamente, mas com espírito crítico. Os assim chamados posseiros da Amazônia foram os primeiros a receber atenção da CPT. Rapidamente, porém, sua ação se estendeu a todo o Brasil, pois os trabalhadores e trabalhadoras da t

NOTA DE REPÚDIO

Arquivo MTV II Caravana 2017 As organizações da sociedade civil santarena abaixo assinadas vêm a público repudiar a decisão do Prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, de conceder a medalha Padre João Felipe Bettendorf ao juiz federal Airton Portela, dentro das comemorações do aniversário de Santarém, no dia 22 de jun Fundada há 358 anos, a cidade de Santarém foi edificada sobre território indígena. Com a chegada dos portugueses, os primeiros donos da terra foram submetidos a um processo de violência colonial que provocou o extermínio físico de milhares de seres humanos. Os que sobreviveram foram explorados e forçados a se adaptar ao modo de vida do colonizador: tiveram de abandonar suas línguas, adaptar seus costumes e esconder suas manifestações religiosas. Essa política etnocida fez com que o poder público declarasse, no século XIX, a extinção dos povos indígenas em Santarém, os quais teriam se convertido em “caboclos”, integrados à sociedade hegemônica. Assim, tiveram negado o dir

Movimentos denunciam grandes projetos na bacia do Tapajós

Socializar informações e estudos referentes aos empreendimentos em construção, operação ou previstos para os rios Juruena, Teles Pires e Tapajós, e construir uma pauta comum de resistência à esses grandes projetos. Esses foram os objetivos do Encontro das Águas ocorrido de 14 a 16 de junho, no Centro de Formação Emaús, em Santarém (PA). Durante três dias, cerca de 140 participantes destacaram os impactos sociais e ambientais provocados pelos projetos, além da resistência feita por lideranças de movimentos, indígenas e moradores locais contra hidrelétricas, portos, hidrovias, ferrovias, exploração mineral, e tantos outros. Segundo Laureci Muo, indígena da região de Teles Pires, o encontro foi de grande valia por estimular a união dos grupos impactados. “Agora vivemos falta de peixe, de caça, o rio está poluído. O empreendimento não quer saber o que vai se passar depois, eles querem construir as usinas. Não há preocupação com os indígenas, com os ribeirinhos. Então nesse pri

Nota de repúdio à Assembleia Legislativa do Estado e à Câmara Municipal de Belém

A Rede  dos povos das bacias do Juruena, Tapajós e Teles Pires publicam nota de repúdio à  Assembleia Legislativa do Estado e à Câmara Municipal de Belém ao concederem o  título de Cidadão do Pará e Cidadão de Belém a Jair Bolsonaro. Confira : NOTA DE REPÚDIO À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO E À CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM A terra da Revolução Cabana e da luta pela independência do Brasil não merecia passar por tamanha vergonha. O título concedido pelas duas casas legislativas de Cidadão do Pará e Cidadão de Belém a Jair Bolsonaro mancha a nossa história, entristece nossa gente. Nas últimas eleições presidenciais o povo paraense repudiou o atual mandatário, concedendo ao seu oponente vitórias no primeiro e no segundo turno. O povo já sabia o mal que iria se instalar no país com um governo racista, preconceituoso, que tem ódio de pobre e que entrega o país e a Amazônia, em particular, aos países mais ricos e suas empresas. O desemprego explode em nosso país,