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Formação Ecologia Política: Uma perspectiva para a Amazônia



Os crimes ambientais somado a atual conjuntura política demonstra o irracionalismo do Capitalismo e sua lógica destruidora.
Beatriz Reis- Direito a Cidade
Esse cenário exige das organizações populares um esforço redobrado em garantir os espaços formativos. Acredita-se, que sem a formação não se constrói um pilar ideológico na militância, nem consegue extrair da realidade as categorias necessárias para qualificar a ação, enquanto organização popular.

Pensando nesta proposta, o Movimento Tapajós Vivo promoveu em Santarém, oeste do Pará, uma formação sociopolítica ambiental com objetivo de formar uma política ideológica nos seus quadros de militantes e dos parceiros na luta por soberania popular. 

A formação iniciou na manhã da quinta-feira (26) e abordou os temas: Ecologia Política: Uma perspectiva para Amazônia-Agenda 2030 e os desafios das mudanças climáticas e as desigualdades sociais, mediado por Guilherme Carvalho Coordenador da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE Amazônia); e as desigualdades socias e ausência de justiça ambiental e áreas urbanas periféricas,  mediado por Beatriz Reis, coordenadora do Projeto de Pesquisa e Extensão Direito à Cidade da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e Erlan Nadler, diretor da Federação da Associações de Moradores e Organizações Comunitárias de Santarém (FAMCOS).

Charles Trocate (MAM)
Na ocasião foi lançado o livro: Dicionário Crítico da Mineração, que organiza em centenas de verbetes, informações de forma didática sobre as diferentes áreas que envolvem a mineração.

Socorro Pena - Ufopa/Sapopema
A programação encerrou neste sábado (28) com temas direcionados ao Sínodo Para Amazônia: Novos Caminhos para a Igreja e por uma ecologia Integral mediado por Joelma Viana, Eixo da Rede Eclesial Pan Amazônica (Repam) e os impactos do Agronegócio na produção da pesca artesanal, mediado por Socorro Pena, Professora da UFOPA/ Sociedade para a Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente (Sapopema).


Participaram representantes das Casas Familiares Rurais de Belterra, Lago Grande e Santarém; Pastorais da Juventude do Arapixuna, Mapiri; Federação das Associações de Moradores e Comunidades do Assentamento Agroextrativista Da Gleba Lago Grande (Feagle); Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR); Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais; Grupo de Defesa da Amazônia (GDA); Comitê Urumari Vivo; Sapopema; Comissão Justiça e Paz; FAMCOS; Território Tupinambá e Comunidade São Domingos- Flona.


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