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Encontro discute o fortalecimento da Base na luta socioambiental na bacia do Tapajós e Baixo Amazonas

“Fé na vida, fé na gente, fé no que virá; nós podemos tudo, nós podemos mais”.




Sim, nós podemos mais. É possível acreditar que um pequeno passo de formação é um grande passo para um militante. E por citar o militante, o que vem a sua cabeça quando se fala em militância?  Você é um simpatizante, um militante ou um ativista?
Essa foi uma das perguntas que circulou durante o encontro de Formação de Base na luta socioambiental na bacia do Tapajós e Baixo Amazonas, promovido pelo Movimento Tapajós Vivo (MTV) nos dias 8 e 9 de fevereiro, em Santarém. O objetivo foi justamente capacitar novos militantes e agentes dos movimentos populares para as ações de base.

Logo de início Sandro Leão, professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) apresentou uma análise de conjuntura aos participantes, conceituada no método de análise de onde estamos: Etapa, situação e conjuntura.
Em seguida Pe Edilberto Sena, um dos veteranos do MTV e com uma bagagem bem “pançuda” sobre as lutas sociais na região, destacou “Educação Popular Enredada no presente e no futuro”, foi bem neste momento que as perguntas sobre militância afloraram.


Para meter as mãos na massa literalmente, os participantes foram instigados por Johnson Portela, militante do MTV e pedagogo, a saber o papel da formação no trabalho de base, para isso foi usado método Phillips 66, que consiste na divisão de grupos com seis pessoas cada, para que discutam durante seis minutos um tema ou problema. A técnica permite o desenvolvimento da capacidade de síntese e contribui para a superação do medo de falar diante dos companheiros.
E finalizando o primeiro dia de formação, os participantes puderam compreender um pouco mais sobre “Comunicação Interpessoal e Soluções de Conflitos” mediado por Ormano Sousa, professor e jornalista.
Já no domingo (9) foi o momento de reacender a chama e aflorar os novos caminhos pela luta. A responsável por acender ou reacender essa chama da militância foi Joelma Viana, comunicadora e Gestora da Rede de Notícias da Amazônia (RNA) que apresentou a mística: “Resgatar o Espirito de Militância”. Este foi o momento de autoconhecimento intercalados por muitas perguntas: “Que caminho me trouxe até aqui, quais os meus medos, o que me encoraja, o que me faz seguir na militância”?

Em seguida foi apresentado por Carlos Alves e Valéria Bentes, militantes do MTV um breve histórico e organicidade do Movimento Tapajós Vivo, afinal é sempre bom conhecer onde estamos nos metendo.
Também foi apresentado a agenda do Movimento Tapajós Vivo por Isabel Cristina, Militante do MTV e MAM (Movimento Pela Soberania Popular na Mineração). Sim, o movimento está em movimento e o ano de 2020 nos reservou grandes desafios e oportunidades.
Não acabou, os dois dias de formação finalizou uma etapa e iniciou um novo ciclo. Alguns participantes saíram disposto a militar por uma causa e o anel de tucum simbolizou este momento. A missão agora também é esta, de amarrar o nó da corda que entrelaça os fiéis católicos de Nossa Senhora da Conceição aos outros, para que não percam a esperança e a fé no que virá; nós podemos tudo, nós podemos mais.
AVANTE! TAPAJÓS VIVO, SEMPRE!



O que seria deste mundo sem os militantes
Não porque os militantes sejam perfeitos, porque tenham sempre a razão, porque sejam super-homens e não se equivoquem. Não é isso.
É que os militantes não vem para buscar o seu, vem entregar a alma por um punhado de sonhos.
Ao fim e ao cabo, o progresso da condição humana depende fundamentalmente de que exista gente que se sinta feliz em gastar sua vida a serviço do progresso humano.
Ser militante não é carregar uma cruz de sacrifício.
É viver a glória interior de lutar pela liberdade em seu sentido transcendente”
Pepe Mujica



Por: Daniela Pantoja (Movimento Tapajós Vivo)

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