15 entidades, em Santarém, assinaram Nota de Repúdio contra decisão do Executivo, por hospital ainda ter 90% de ocupação, quase 3 mil pessoas monitoradas e 1% de idosos acima dos 65 vacinados
15 entidades que compõem o Conselho Municipal de Saúde de Santarém, Oeste do Pará, divulgaram Nota de Repúdio, neste segunda-feira (19), contra a decisão do Comitê Gestor de Crise da covid-19 que flexibilizou o funcionamento das atividades sociais e econômicas liberando o funcionamento de bares, praias, academias, espaços públicos e suspendeu o toque de recolher na cidade.
Para as entidades, dentre as quais Sindicato dos Médicos, Sindicatos dos Enfermeiros, Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Conselho Regional de Serviço Social, Conselho Regional de Psicologia, Associação dos Renais Crônicos e Transplantados, Associação dos Portadores de Lupus e Pastorais da Arquidiocese de Santarém a decisão da Prefeitura é uma atitude irresponsável e inoportuna e vai de encontro a todas as recomendações da ciência.
O Conselho Municipal de Saúde diz que o Comitê não apresentou dados epidemiológicos para tomar a decisão, e que a situação da pandemia em Santarém ainda é alarmante, com taxa de ocupação de pacientes no Hospital Regional do Baixo Amazonas acima de 90%.
As entidades não aferem a decisão, por entender que as ações de fiscalização para cumprimento do decreto não atendiam as necessidades antes da flexibilização e lamentaram as aglomerações que ocorreram neste fim de semana na cidade.
Neste domingo (18), barracas de praia no Maracanã estavam lotadas de frequentadores. No bairro Santana, a PM e Vigilância Sanitária tiveram que acabar com uma festa clandestina com 200 pessoas.
Ainda na Nota, o Conselho Municipal de Saúde chama a atenção para o risco de explosão de casos da covid em Santarém. No domingo (18), havia quase 3 mil moradores em monitoramento recebendo acompanhamento médico, podendo também evoluir para a ocupação de um dos leitos hospitalares.
E por fim, as 15 entidades, com assento no Conselho de Saúde, questionam a liberação do decreto uma vez que “a população de idosos de 65 anos ou mais que receberam a segunda dose e foram imunizados para a doença é insignificante, com apenas 113 pessoas, o que corresponde a menos de 1% da população na faixa etária indicada”.
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