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Delegação da Internacional Progressista reúne com movimentos populares e organizações sociais de Santarém

 “Integrantes da delegação e representantes de movimentos populares e organizações fizeram um sobrevoo para observar o avanço do desmatamento na região”.

 



Uma equipe do Grupo Internacional Progressista (IP) esteve no Brasil para se unir à mobilização nacional de defesa da Amazônia e apoios aos povos indígenas.

A delegação de emergência respondeu a um pedido feito pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), para que viesse ao Brasil e apoiar "a resistência dos povos tradicionais do Brasil diante da política genocida e anti-ambiental do atual governo”.

Antes de se deslocar para Brasília, uma parte da delegação reuniu com movimentos populares, entre eles o Movimento Tapajós Vivo e organizações sociais para debater sobre o avanço do desmatamento na região.

Durante sobrevoo, a equipe observou e monitorou algumas problemáticas ambientais, entre elas o avanço do agronegócio, garimpo ilegal, portos e ainda especulação imobiliária em Alter do Chão.

De acordo com Juliana Moraes, diretora executiva do Washington Brasil Office e que faz parte da Delegação da Internacional Progressista, a vinda da organização ao país serviu para observar a quantidade de rupturas democráticas e retrocessos na legislação, principalmente na perspectiva ambiental.

A integrante do Internacional Progressista relata que observar esses danos socioambientais de cima traz uma sensação de desespero. “No sobrevoo a gente pode observar dois pontos de incêndio e ao mesmo tempo também um território indígena que foi onde a gente não viu nada de perigoso para Amazônia naquele trecho. Isso nos deixou muito triste, é uma sensação de desespero mesmo ver de tão pertinho lá de cima, o que essa noção falaciosa de desenvolvimento que tanto pregam e como ela é na prática”, ressalta Juliana Moraes.

Já para Marilyn Zepeda, ativista mexicana e que também faz da Delegação Internacional Progressista, observar toda essa degradação da região amazônica traz um resgate de sua história, ao tentar escapar de ameaças ambientais e de segurança em seus país.

Ela conta que essa experiência deve chegar até os líderes mundiais para alertá-los sobre os impactos ambientais e ameaça aos povos tradicionais e indígenas da região amazônica.

Para Sérgio Guimarães, secretário executivo do GT Infraestrutura e Justiça Socioambiental, essa articulação entre as organizações e movimentos sociais e o eixo internacional é importante para propor iniciativas de enfrentamento aos problemas socioambientais.

A delegação de emergência da Internacional Progressista estava composta por doze pessoas de diversos países, que acompanharam a mobilização nacional indígena "Luta pela Vida", em Brasília.

 

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